terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um balanço do Festival
Acessibilidade, interatividade, tecnologia, sustentabilidade, saúde e, claro, muita dança marcaram a 29ª edição do Fes-tival de Joinville

Na 29ª edição, o Festival de Dança de Joinville surpreende e mais uma vez supera as expectativas. Quase sete mil bailarinos, coreógrafos e educadores participaram dos 11 dias de evento que mobilizou e encantou comunidade, visitantes e participantes de todas as formas.
A primeira delas foi o lançamento do aplicativo para o Iphone e Ipad onde toda a programação do evento está disponível. Falando nisso, os antenados e ligados nas mídias sociais contam com o Twitter (@fest_joinville) e o Facebook (www.facebo-ok.com/festivaldedancajoinville) do Festival de Dança de Joinville. Além de divulgar informações sobre esse grande encontro de bailarinos, foram realizadas promoções de vários tipos. Em uma delas, por exemplo, foi possível conhecer um pouco das histórias dos bailarinos que acabam fazendo de tudo um pouco para chegar ao maior Festival de Dança do mundo.
Além da tecnologia, o Festival se preocupou com o lado social. As pessoas cegas e de baixa-visão tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais da programação do evento com o Guia disponibilizado também em braile em uma parceria com a Associação Joinvilense para Integração dos Deficientes Visuais (Ajidevi). Os surdos e mudos puderam acompanhar as apresentações (antes dos espetáculos), os recados institucionais e serviços em uma versão em Libras – Linguagem Brasileira de Sinais. Tudo para que o cidadão, independente de suas limitações, tenha acesso à arte e cultura.

Depois do social, vem a questão de responsabilidade ambiental. O Festival fez uma parceria com a Fundema – Fundação Municipal do Meio Ambiente – para que todo o lixo produzido no evento fosse separado. As associações de catadores e recicladores de Joinville trabalharam junto com a Fundema para dar um destino adequado aos resíduos da Feira durante o Festival.
E para completar esse circuito de novidades, a cidade da dança também pensou nas bicicletas lançando o PedalTur em uma parceira com o Dr. Bike. Bicicletas foram disponibilizadas para que o público pudesse conhecer um pouco mais de Joinville passando pelos principais pontos turísticos da cidade.

Apresentações para todos
Este ano, 166 grupos de 13 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal, participaram da Mostra Competitiva e Meia Ponta, realizados no Centreventos Cau Hansen e Teatro Juarez Machado. Para os Palcos Abertos, 374 grupos foram selecionados, sendo um da Argentina, para se apresentarem em 17 palcos distribuídos em vários pontos da cidade: shoppings, hospitais, restaurantes, mercados, praças etc.

Só de espetáculos gratuitos para a comunidade local e regional foram quase 170 horas. Sendo esta uma das preocupações do Instituto Festival de Dança: a de levar a arte para a população em todos os cantos do município. O evento ocorreu também no Sesc, Escola de Teatro Bolshoi, Cidadela Cultural, Casa da Cultura, Expocentro Edmundo Doubrawa e na Estação da Memória (anexo à Estação Ferroviária).
“Muitas coreografias de qualidade foram selecionadas para a Mostra Competitiva, Meia Ponta, Palcos Abertos e Mostra Contemporânea de Dança. O que reforça a nossa proposta de apresentar danças de todos os estilos, para todas as idades e classes sociais”, diz o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz da Silva Filho. Vale lembrar que a Mostra Contemporânea de Dança, realizada no Teatro Juarez Machado, teve apresentações intimistas, bem brasileiras e também reflexivas. Dos oito grupos convidados a subir ao palco, um era da França.
A comunidade também quis espiar atrás das cortinas, junto com os turistas. Foi o que aconteceu no “Visitando os Bastidores”, que levou cerca de 900 pessoas este ano para as coxias. Os visitantes puderam ver como funciona esta “fábrica de sonhos” que movimenta luzes, sons, pessoas, cenário e todo o encantamento de um espetáculo de dança. Quem veio ao Festival também pode conferir as atividades extras, como o Ritmos a Dois, concurso de dança de salão que esteve em sua quinta edição.
Teve ainda a homenagem à bailarina, coreógrafa e professora Angel Vianna que, aos 83 anos, segue firme e forte na dança. Sem contar no lançamento do documentário “Poesia em Movimento”, sobre a trajetória da coreógrafa Roseli Rodrigues, que morreu em 2010.

Grandes noites
A Noite de Abertura do Festival de Dança teve a belíssima apresentação da Cia. Deborah Colker. O público lotou a arena do Centreventos Cau Hansen para assistir ao espetáculo “Tatyana”. Música bem marcada, cenário diferenciado, figurino cheio de leveza e uma história de amor repleta de duelos. Estas foram algumas das situações que o espectador pode acompanhar na Noite de Abertura.
Outro ponto alto do Festival foi a Noite de Gala, que este ano contou com a participação do Teatro Balé Castro Alves, de Salvador (BA). Com o espetáculo “A Quem Possa Interessar”, o grupo mostrou que as individualidades se encontram no coletivo, dialogando com caminhos, buscas e perguntas. A apresentação contou com depoimentos dos bailarinos – na faixa etária dos 36 aos 57 anos – e emocionou a plateia.

Formação
Os cursos, oficinas, workshops e seminários reforçaram mais uma vez o caráter didático do Festival de Dança de Joinville. Os Seminários de Dança 5 com o tema “Criação, Ética, Pá...ra...rá...pa...ra...rá – modos de criação processos que desaguam em uma reflexão ética”, foi realizado de 28 a 30 de julho, com o intuito de inspirar o fazer criativo das 400 pessoas que foram aprimorar o conhecimento com essa atividade.“Essa experimentação teórica oportuniza um crescimento ímpar, especialmente porque existe a possibilidade da troca de experiências com todo esse grupo de professores gabaritados que se encontram aqui”, diz o presidente do instituto Ely Diniz. Os artigos expostos nos Seminários compõem um livro, que será lançado no Festival de 2012, como aconteceu neste ano.
O Dança Comunidade é outro evento que também já faz parte deste leque de opções didáticas e trouxe nesta edição dois fóruns com os temas “Dança em Projeto Sociais” e “Dança e Educação.” As professoras e bailarinas Thereza Aguilar e Ângela Ferreira aproveitaram o momento para troca de experiências em prol da comunidade.

Compras
A Feira da Sapatilha, ponto de encontro de bailarinos, funcionou todos os dias no Expocentro Edmundo Doubrawa, anexo ao Centreventos Cau Hansen. Mais de 1.500m2 de estandes ofereceram não só alimentação, mas acessórios e moda palco para os visitantes e bailarinos.
A organização acredita que cerca de seis mil pessoas passaram pela Feira diariamente, nos 11 dias de evento. Além dos estandes, o espaço contou com Feira de Artesanato e um Palco Aberto. Para os expositores, o Festival de Dança é um momento ímpar de vendas, troca de informações e até mesmo de lançamentos. Muitos escolhem a Feira da Sapatilha para lançarem seus produtos da “moda palco”.

Entretenimento
As atividades não pararam no Festival de Dança. Na Feira da Sapatilha, por exemplo, aconteceu a Passarela da Dança, que este ano contou com a parceira do curso de moda da Universidade da Região de Joinville (Univille). “É o momento das pessoas conhecerem um pouco mais dessa moda de bailarinos. Muita coisa pode se usar fora do palco. É algo mais casual e com esses desfiles a comunidade conhece esse estilo despojado dos participantes do Festival”, completa a coordenadora executiva do Festival, Karim Coletti.


Encontro das Ruas
Outro ponto forte do evento foi, mais uma vez, o Encontro das Ruas. Em sua 6ª edição, o público pode acompanhar batalhas no ginásio do Sesc. Foram dois dias dedicados à arte da cultura urbana e o evento foi muito prestigiado. Além disso, ocorreu a Mostra Grafitti, no Expocentro Edmundo Doubrawa, onde grafiteiros convidados aproveitaram a parede do local para deixarem suas marcas.

Grand Prix Brasil
E já é chegada a hora de preparar as malas para Paulínia. Em outubro, os olhos da dança se voltam para esta pequena cidade do estado de São Paulo. Pela primeira vez, o Festival de Dança de Joinville embarca para um encontro também dançante. É o Festival de Dança de Joinville em Paulínia – Grand Prix Brasil, que ocorre de 12 a 16 outubro, no Theatro Municipal Paulo Gracindo. Serão cinco noites – abertura, três de competição e uma dos campeões -, onde os melhores de Joinville terão a oportunidade de disputar esse grande prêmio. Só os premiados nos 1º, 2º e 3º lugares de Joinville poderão participar do Grand Prix. O Festival de Joinville em Paulínia também terá cursos, Feira da Sapatilha, Meia Ponta e Palcos Abertos. Os campeões do Grand Prix terão vaga garantida no Festival de Dança de Joinville 2012, com todas as despesas pagas, além de incentivos culturais. Entre esses incentivos, a novidade é a Première Class, audições em formato de aulas com olheiros de companhias nacionais e internacionais. O Grand Prix Brasil é uma parceria do Instituto Festival de Dança de Joinville, do projeto “Paulínia ao Vivo” e da Secretaria de Cultura de Paulínia.

Festival de Joinville 2012
O Festival de Dança de Joinville de 2012 é especial, claro, como os outros. Mas no próximo ano, ele tem um algo a mais para todos, pois esse grande encontro de bailarinos comemora 30 anos de vida, de história e de emoção. Por isso, quando se apagam as luzes do palco, da plateia, da coxia e dos camarins a máquina de fazer dança não para. Os funcionários do Instituto Festival de Dança e os parceiros deste evento continuarão trabalhando e preparando o próximo encontro para os amantes da dança. Excepcionalmente esse ano, não haverá troca de curadores. A seleção dos trabalhos inscritos é de responsabilidade de quatro profissionais que compõem a Curadoria Artística do Festival: Ana Vitória, Andréa Bardawil, Fernanda Chamma e João Wlamir. O Festival de Dança de Joinville 2012 será realizado de 18 a 28 de julho. Até lá!

Sandra Moser
Assessoria de Comunicação
Instituto Festival de Dança de Joinville
(47) 3423-1010 / 9658-6514

Diogo Maçaneiro
Assessoria de Imprensa
Instituto Festival de Dança de Joinville