Curta a programação do Maj. Museu de Arte de Joinville reúne quatro exposições até dia 27.
O Museu de Arte de Joinville, o MAJ, participa da 7ª Primavera dos Museus, evento nacional
organizado Instituto Brasileiro de Museus - Ibram - com quatro exposições,
nos Espaços Anexos 1 e 2, na Cidadela Cultural, que ficam abertas à visitação
até o dia 27 de outubro. No Espaço Anexo 1, o MAJ apresenta as exposições “Véu de Verônica”, de Maristela Winck (São Leopoldo / RS), “Ice
Visions”, de Patrick Tedesco (Pelotas/
RS) e “Paisagens Oníricas”, de Clara Figueira (Porto Alegre/ RS). O Espaço Anexo 2 reúne a exposição “Faz sentido”, organizada por Flávia Fernandes (Florianópolis/SC),
que também participa da mostra, juntamente com mais nove artistas mulheres: Ani Rocco (São Paulo/SP); Celina Spelta (Milão/Itália); Gilda Vogt (São Paulo/SP); Helenita Peruzzo (Florianópolis/SC); Isabela Sielski – (Florianópolis/SC); Jane Brüggeman (Florianópolis/SC); Pirjo Heino (Renko/ Finlândia); Regina Carmona (São Paulo/ SP) e Renata Barros (São Paulo/ SP).
Sobre as exposições.
Véu de Verônica é
um projeto expositivo de Maristela Winck para o Museu de Arte de Joinville, que
apresenta fotografias, objetos e instalações fotográficas produzidas nos
últimos dois anos. Trabalhando em séries, seu objetivo é apresentar uma
proposta artística contemporânea, onde as fotografias são apresentadas em
materiais diferenciados, trabalhados em mídias digitais em diferentes
interfaces, em que utiliza processos híbridos. Ao relatar seu processo
criativo, possibilita o acesso a diferentes públicos, especialmente
interessados em fotografia e arte, estudantes e público em geral. Seu projeto
consta de dois polípticos (um de 7 fotografias sobre acrílico e um de 5 imagens
sobre tecido), 1 díptico em p&b, 2 imagens sobre acrílico transparente, 5
instalações fotográficas de parede e 1 Livro de Artista. Segunda Niura L.
Ribeiro, Dra em História, Teoria e Crítica da Arte, “revisitar a história da arte e questionar
aprisionamentos sociais, são elementos que vêm configurando os trabalhos
fotográficos na trajetória artística de Maristela Winck e que tem proporcionado
reflexões sobre problemas da existência humana que, incrivelmente, ainda
persistem.”
Paisagens
Oníricas, de Clara Figueira, constitui-se de
procedimentos digitais apresentando a conexão entre imagens oníricas e
paisagens do interior do corpo, especificamente da mama, e suas sensações de
prazer, delírio e êxtase. A instalação central remete ao símbolo de
feminilidade, como fonte de vida. E oferece espaço
para o público interagir no processo criativo por meio de lâminas transparentes
com fragmentos de imagens. Segundo Niura Legramante Ribeiro, Doutora
pelo PPG-AVI, UFRGS; Mestre em Artes, pela ECA/USP: “Pensando nas interligações
entre o conceito da imagem e o espaço de apresentação das obras, a artista
dispõe seus trabalhos nas direções Norte, Sul, Leste e Oeste. Os pontos
cardeais, portanto, servem como marco que nutre um sentido de orientação e
localização espacial. A passagem de
zonas iluminadas a uma certa opacidade imprime um caráter onírico às imagens,
que permite ao espectador imaginar um certo azul de mar, um ocre de terras, uma
membrana multicolorida ou outros enigmas que o fluxo da imaginação poderá
descobrir.”
Em Ice Visions, Patrick Tedesco apresenta três obras em vídeo, com projeção sobre
parede. Duas delas apresentam obras em derretimento. Sua técnica consiste em
captação de fotografias em sequência de uma escultura de gelo em derretimento (time-lapse) e edição de vídeo através da
técnica stop=motion. A primeira foi produzida em 2010 e a segunda em
2013. Na produção das obras em derretimento, o artista utilizou os seguintes
materiais: gelo, tinta acrílica, fotografia, vídeo e projeção imagem
(exposição).
Patrick Tedesco, em co-autoria com Luciano Mello, também produziu o
vídeo EMPTY, em 2010. Trata-se de captação de fotografias em sequência de uma
escultura de gelo em movimento de rotação. Foram utilizados como materiais:
gelo, bexiga de aniversário, fotografia (produção); vídeo transmitido em TV
(exposição).
Faz Sentido traz uma visão artística de dez artistas mulheres em seus “fazeres” e
processos criativos. Linguagens e suportes diversos conversam entre si por
afinidades conceituais. Organizada por Flávia Fernandes, tem curadoria de
Franzoi. As artistas participantes são Ani Rocco, Celina Spelta, Flávia
Fernandes, Gilda Vogt, Helenita Peruzzo, Isabela Sielski, Jane Brüggeman, Pirjo
Heino, Regina Carmona e Renata Barros. A ideia da mostra surge de uma afinidade entre o trabalho dessas dez artistas,
dentre os conceitos que perpassam suas obras, quais sejam: a sensação, o
orgânico, a natureza, o sensorial e sensitivo. Alguns trabalhos serão
instalados e outros estarão em processo durante a exposição, seja pela
interação espontânea do público nas instalações, seja por propostas e ações que
as artistas realizarão durante a mostra. Dentre estes processos se encontra a
proposta dos workshops. Uma mostra orgânica que cresce e se constrói durante os
processos ocorridos no seu tempo de existência.
Foto do post: “Véu de Verônica”, de Maristela Winck